"Eu escrevo sem esperança de que o que escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada...Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)

terça-feira, 31 de maio de 2011

A Resistência Negra

A Resistência Negra Contra a Exclusão Social

A escravidão foi o processo mais longo e mais cruel da história brasileira. Em uma sociedade hierárquica e conservadora, o africano escravizado não era considerado um ser humano, mas sim uma mercadoria. Com esse status de objeto, o negro era marginalizado e excluído de qualquer direito. Contudo, o negro nunca deixou de lutar pela sua sobrevivência e liberdade. Através de meios pacíficos ou violentos, os africanos resistiam à crueldade da escravidão, defendendo o seu direito à vida, as suas necessidades e as suas tradições culturais.
Diversas foram as formas de resistência dos escravos, como as revoltas, guerrilhas, assassinato de senhores, suicídio, as irmandades, a prática clandestina do candomblé, mas a principal foi a formação dos quilombos, pois o quilombo não era apenas um refúgio para os escravos, era também uma alternativa de vida para os homens livres pobres excluídos da sociedade.
Com a abolição da escravatura em 1888, os africanos e seus descendentes se tornaram livres, porém continuavam vivendo em péssimas condições. Dessa maneira, durante o século XX surgem vários movimentos sociais negros com o objetivo de lutar por melhores condições de vida para a população negra, combater o preconceito e defender a igualdade racial.
Infelizmente, após mais de 120 anos da abolição, os afro-descendentes ainda buscam o seu espaço na sociedade brasileira. Sendo que o Brasil é uma nação formada por uma combinação de diversos povos e culturas, como a indígena, a européia e a africana.
Por isso, precisamos superar o preconceito, que é muitas vezes o responsável pelas diferenças sociais e econômicas no país e reconhecer que os africanos escravizados e seus descendentes, foram e são importantes para a formação da cultura brasileira e para a construção da história do Brasil.




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